Qual é a escala? (Parte 1)


Existe algum talento em empilhar papéis, separando-os em pequenas montanhas distintas por categorias, todos os dias de toda uma semana de um mês inteiro, numa minúscula confinação de quatro pequenas paredes? Pode existir.


Mr. Doe foi, entre muitos outros ofícios, administrativo de uma estação de correios. 

A sua função consistia em segmentar a correspondência em função de diferentes critérios: primeiro em 2 conjuntos, nacional e internacional, depois cada um destes em 3 conjuntos, normal, urgente e muito urgente, e por fim sucessivas divisões por áreas postais. 

Toda uma questão de critérios.

Não é muito diferente da confinação que muitas organizações, nem sendo minúsculas, criam. Avaliação de competências, avaliação de desempenho, gestão de talentos. Toda uma questão de critérios. 

Qualidade, Experiência, Integração, Cooperação, Conhecimento, Produtividade, Adaptabilidade, Criatividade, Focalização na Tarefa, Focalização no Cliente, Focalização na Focalização. A lista parece interminável.

Mas qual é a escala?

E por falar em escalas, descubra o brilhante hiperrealismo de Juan Carlos Manjarrez por aqui, por ali, ou por onde o encontrar.

"Qual é a escala?" - perguntava Doe em resposta à minha própria pergunta sobre o seu desempenho naquela função. 

O gatilho de todo o processo de gestão do talento está numa simples pergunta: 
Quão bom és nisto? 

E, pensando bem, antes dos critérios faz sentido pensarmos na escala.

A propósito de critérios (e de escalas), conseguem encontrar o Amor (este), nestes fundamentos do talento?

"Espejo", de Juan Carlos Manjarrez

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